Na onda do consumo consciente, resolvi repensar e diminuir a carne vermelha dentro e fora de casa

8 cafés em SP que nós adoramos
(Divulgação/BotaniKafé)

Faz uma semana que decidi parar de comer carne vermelha em casa e fora dela também. O ponto de virada foi a queimada da Amazônia – me senti um pouco hipócrita em não repensar meus hábitos antes de reclamar do governo.

Precisamos fazer a nossa parte também. O primeiro passo foi procurar um nutricionista e estou fazendo esse acompanhamento desde então. Não vou mentir: cortar a carne vermelha é trabalhoso, mas não podemos pensar em um futuro melhor sem mudar o presente, né?

Vou fazer mais posts aqui no blog sobre essa decisão e como vai a adaptação, mas o que eu queria fazer, antes de tudo, é explicar exatamente o motivo dessa decisão. E quem sabe vocês também não embarcam nessa comigo?

O Ninja Ambiental é do Mídia Ninja e postou no Instagram, na semana passada, alguns números que deram um choque de realidade em mim. Por exemplo, são necessários de 7 a 10 quilos de vegetais para gerar apenas um quilo de carne.

Para isso, é preciso de uma área de cultivo e de um consumo hídrico muito maiores do que em uma alimentação estritamente vegetariana. Para termos ideia, 650 litros de água são usados na produção de um quilo de trigo. Mas, para produzir 10 quilos de carne de boi, é usada mais água do que a produção de uma tonelada de batatas.

Voltando para a Amazônia, 80% do desmatamento está ligado à conversão das terras em terrenos de pasto. Nos últimos 33 anos, o Brasil perdeu 89 milhões de hectares de florestas – 47 milhões foram só na Amazônia.

Já o cultivo da soja ocupa 33 milhões de hectares no Brasil, o que equivale a pouco menos do que o território da Alemanha inteira. Dessa produção, de 70 a 80% são destinados a ração de engorda para porcos e frangos.

Segundo o IPCC, o Painel Intergovernamental de Mudança Climática da ONU, o alto consumo de carne e laticínios no ocidente sustenta o aquecimento global. Cerca de 70% de toda emissão global de gás metano vem da pecuária – mais especificamente da criação de gado bovino.

Como solução, o IPCC aponta que uma mudança para uma dieta baseada em vegetais pode ajudar a combater a mudança climática. Além disso, mais pessoas poderiam ser alimentadas com um menor uso de terra. 

Então, que tal repensar seus hábitos alimentícios? 

 

Veja também:

10 hábitos para colocar em prática ainda hoje e ajudar o planeta

Você sabe como e onde descartar o óleo de cozinha corretamente?

Na CASACOR SP 2019, a sustentabilidade é mais do que um tema

O dia em que plantamos uma árvore