Ainda dá tempo: deixe-se surpreender com a exposição de Jean-Michel Basquiat no CCBB em São Paulo

Últimos dias da exposição do artista neo-expressionista Jean-Michel Basquiat. Eu fui logo na abertura com o Pedrinho. Primeiro porque eu adoro a arquitetura e o cafezinho do CCBB São Paulo, local onde está a mostra “Obras da coleção Mugrabi”, maior exposição sobre o jovem gênio de ascendência afro-caribenha – morto aos 27 anos de overdose – já realizada na América Latina. A exposição encerra nesse sábado, dia 7, depois desembarca nas cidades de Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

A mostra conta com mais de 80 obras do artista mais jovem a expor na Documentada de Kassel, importante evento de arte contemporânea realizado a cada 5 anos na Alemanha. Isso quando ele tinha apenas 21 anos.

Basquiat costumava dizer que sabia desenhar, mas quase sempre tentava evitar isso. Autêntico, descrito como irônico e único, antes dos 27 anos já tinha produzido mais de 2 mil obras. O trabalho começou nas ruas de Nova Iorque entre as décadas de 70 e 80, unindo arte, linguagem e um pouco de hip-hop. Isso sem mencionar o óbvio, sua associação direta com o grafite e pichação.

Na exposição você verá traços que lembram rabiscos de criança, caricaturas de amigos em pratos de porcelana, colagens e pinturas minúsculas e outras que chegam a 2 metros de altura.

Uma diversão a parte e que entreteve o Pedrinho em boa parte do passeio trata-se de um elemento bastante repetido nas obras do Basquiat. O artista costumava usar em muitas das suas obras uma coroa de três pontas. Em algumas peças as coroas são quase que imperceptível. O nosso desafio era encontra-las nas obras. O Pedrinho claro que adorou a brincadeira e empenhou-se em acha-las.

Outro lugar ponto bacana para os pequenos na exposição está no piso térreo do CCBB, uma mostra interativa que reúne obras de artistas brasileiros em homenagem a Basquiat. Entre elas é possível colorir digitalmente telas de Alex Hornest e OSGEMEOS.

Espero que vocês consigam dar uma escapadinha e aproveitar os últimos dias dessa exposição linda do americano, amigo pessoal de Andy Warhol e defensor da representatividade do negro na arte, Jean-Michel Basquiat.