Tour guiado explora produção artística em mostra “Expressões da Arte Moderna em São Paulo”.

Palácio dos Bandeirantes é o edifício-sede do Governo do Estado de São Paulo e residência oficial do governador. Localizado no distrito do Morumbi, na cidade de São Paulo, o palácio também abriga as Casas Civil e Militar, algumas secretarias de estado e um amplo acervo histórico e artístico aberto à visitação pública.

O projeto inicial, idealizado em 1938 pelo arquiteto italiano Marcello Piacentini, apresentava linhas abstratas, muros lisos e ampla fachada. Com o início das obras, em 1954, sob a direção do engenheiro Francisco da Nova Monteiro, já possuía um estilo italiano com influência neoclássica. O principal objetivo era abrigar a Universidade Conde Francisco Matarazzo, mas, devido a problemas financeiros, teve suas obras paralisadas. Desapropriado durante a gestão de Adhemar de Barros, o edifício substituiu o Palácio dos Campos Elísios como sede do poder executivo paulista a partir de 19 de abril de 1964, quando recebeu o nome de Palácio dos Bandeirantes, além de tornar-se moradia oficial do governador e museu.

Tornou-se um centro cultural em 1970, sob o governo de Abreu Sodré, com a iniciativa de reunir um acervo de móveis, quadros e objetos. Foi criada uma comissão com nomes como Paulo Mendes de Almeida, Oswald de Andrade, Sílvia Sodré Assunção, Pedro Antonio de Oliveira Neto e Marcelo Ciampolinni, para a aquisição das obras de arte que atualmente compõem o Acervo Artístico-Cultural dos Palácios Governamentais.

Decoração e arte andam lado a lado. Curiosa como sou tenho estudado um pouco mais sobre arte e foi assim que eu cheguei no Palácio dos Bandeirantes. Você sabia que existe um acervo riquíssimo na sede do Governo do Estado de São Paulo com algumas das principais peças da coleção da Arte Moderna Brasileira? O espaço disponibiliza visitas guiadas e foi em um desses encontros que eu encontrei com Tarsila do Amaral, Portinari e Volpi.

O Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo de SP conta com aproximadamente 3.500 obras de arte de importância histórica e artística, que fazem parte do patrimônio do Estado. Além dos artistas que já mencionei, eles também contam com obras de Djanira Motta e Silva e Aldemir Martins, entre outros. As obras estão instaladas em espaços como o Palácio dos Bandeiras e o Palácio Boa Vista em Campos do Jordão (este último eu também fui visitar, porém conto mais uma próxima oportunidade).

A mostra Expressões da Arte Moderna em São Paulo, explora quatro rotas da produção artística do período, com destaque antes mesmo da chegada das vanguardas modernas até a década de 1970.

A primeira parte do tour traz pinturas conhecidas como “acadêmicas”, o choque cultural entre o ambiente ultraconservador que a cidade ainda vivia antes da década de 1920 e o novo modo de pensar da sociedade com a revolução das artes plásticas.

Na sequência, estão expostas obras da década de 20 que evidenciam as novas técnicas e formas de expressão dos modernistas dos primeiros anos, tendo como ponto de referência a Semana de Arte Moderna, de 1922, no Theatro Municipal de São Paulo.

Encerrando a imersão artística e cultural, eu vi um pouco da produção artística das gerações de 30 e 40, com destaque para a presença de artistas imigrantes, ou descendentes de imigrantes. Além de um percurso que traz um debate sobre as artes plásticas, no contexto da modernidade nos anos 50.

Em uma tarde eu passei por um dos períodos mais ricos e expressivos da arte moderna paulista, que automaticamente refletiu em tudo que foi feito pelos artistas de todo o Brasil. Resultado: sai de lá ainda mais inspirada para os projetos que logo trarei para vocês.

Hall Nobre

Mais informações:

Local: Palácio dos Bandeirantes

Endereço: Av. Morumbi, 4.500 (portão 2)

Horário: De terça a domingo, das 10h às 16h, com permanência até 17h.

Entrada: Gratuita

Recomendação: Chegar com 15 minutos de antecedência (a visita é feita a cada uma hora).

Saiba mais: www.acervo.sp.gov.br