Igrejas, museus, pontos turísticos e muitos cafés e restaurantes gostosos fazem parte do nosso roteiro na capital argentina

No final do ano passado, resolvemos ir para Buenos Aires passear pela cidade e passar a virada do ano por lá. Foi a nossa segunda vez na capital argentina – ficamos um total de cinco dias e adoramos a viagem! Aqui  embaixo você vai encontrar o nosso roteiro, separado por dias, com todos os lugares que visitamos e dicas de onde ir e comer. 

 

-DIA 1-

Casa Rosada

Sede do Poder Executivo da Argentina, a Casa Rosada é um dos prédios mais conhecidos da cidade do país. Declarado Patrimônio Histórico Nacional, o prédio foi construído entre 1882 e 1898 pelos arquitetos Carl Kihlberg, Henrik Åberg e Francesco Tamburini. Quem quiser conhecer o espaço pode agendar uma visita guiada. O tour é gratuito, dura 60 minutos e acontece aos sábados, domingos e feriados das 10 às 18h. Para agendar, é necessário pedir uma permissão com pelo menos 15 dias de antecedência no site da Casa Rosada.

Dica: ao lado da Casa Rosada fica o Museu do Bicentenário, que conta a história do país desde a independência. Quem visitar também tem a chance de ver o mural “Exercício Plástico”, do artista mexicano David Alfaro Siqueiros.

 

Cafe Tortoni

Muito tradicional, o Cafe Tortoni foi idealizado por um imigrante francês, que abriu o restaurante na Avenida de Mayo em 1858. Anos depois, nas mãos do também francês Dom Celestino Curutchet, o endereço se tornou ponto de encontro da Agrupación de Gente de Artes y Letras (e, mais tarde, da La Peña), composta por pintores, escritores, jornalistas e músicos. Vale a visita porque parece ter parado no tempo. É bom, mas caro e cheio, então vá preparado para esperar.

 

La Panera Rosa

É impossível não se apaixonar pela estética romântica e cor de rosa do La Panera Rosa, rede de restaurantes com um conceito non-stop com inspiração nas culinárias francesa, argentina e norte-americana. Tudo é feito por lá – da panificação aos crepes e waffles. Com o primeiro café bistrô aberto em 2013, hoje são cinco endereços, além de um em Madri. Fomos na unidade de Recoleta e adoramos. É lindinho, gostoso e barato.

 

Palermo

Palermo é o bairro mais boêmio de Buenos Aires. Caminhar por ali à noite é uma delícia, mas também é gostoso para sentar na grama, aproveitar o tempo ao ar livre e fazer um piquenique, tomar um vinho…

 

Brandon Restaurant

Em um único ambiente, com sete metros e meio de altura, o Brandon tem arquitetura industrial e moderna. Mezanino com jardim exterior, piso de madeira, paredes de tijolo branco e sofás de couro compõem o décor. O cardápio conta com opções como brunch, seleção de vinhos, street food, cafés especiais e ceviche. Achamos a comida gostosa e preço ok.

 

-DIA 2-

Parroquia Nuestra Señora del Carmen

Nós sempre visitamos igrejas em todas as viagens que fazemos. Em Buenos Aires não foi diferente – a primeira que conhecemos foi a Nuestra Señora del Carmen, fundada em 1906. Como fizemos tudo a pé, foi bom para recarregarmos as energias e agradecermos por tudo!

 

MALBA – Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires

Aberta para especialistas e estudiosos desde 1990, a Coleção Costantini é a base do MALBA. Apresentada durante os anos no Museo Nacional de Bellas Artes de Buenos Aires, no Museo Nacional de Artes Visuales de Montevideo, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MASP), no Museu de Arte Moderna de Rio de Janeiro (MaM), e na Fundação “La Caixa”, em Madri, a Coleção só ganhou um espaço próprio nos anos 2000. Assinado pelos arquitetos argentinos Gastón Atelman, Martín Fourcade e Alfredo Tapia, que venceram um concurso para construir o Museu, o MALBA conta com exposições permanente e temporárias e mostras de arte contemporânea argentina e latino-americana.

Os ingressos gerais custam $170. O museu abre de quinta a segunda, das 12 às 20h; às quartas das 12 às 20h – fechado às terças. Funciona nos feriados das 12 às 20h com exceção das terças-feiras.

O Museu também conta com loja, área de literatura com eventos, cinema e cinemateca, além do café e restaurante Ninina Malba, da rede Ninina, que tem outros dois endereços na cidade. Inspirada na excelência do simples e do artesanal, as opções do cardápio não levam nenhum tipo de conservante ou ingrediente artificial. Funciona de segunda a quinta, das 8 às 23h; às quintas das 8 às 00h; aos sábados, das 9 às 00h; e aos domingos das 9 às 23h.

 

Caminito

Um dos endereços principais de Buenos Aires, o Caminito é uma rua-museu e um logradouro de grande valor cultural e turístico, no bairro de La Boca. As casas, de madeira e chapa, correspondem ao estilo do tradicional conventillo boquense, um tipo de vivenda popular humilde que caracterizou o bairro, desde suas origens, no final do século XIX, como centro de residência de imigrantes genoveses.

 

Floralis Generica

Presente do arquiteto Eduardo Catalano para a cidade, a Floralis Generica é uma escultura metálica que se abre todas as manhãs, às 8h, e se fecha ao pôr do sol, emanando uma luz vermelha de seu interior. Tem 23 metros de altura e fica na Plaza de las Naciones Unidas, na Recoleta.

 

Obelisco

Monumento histórico, o Obelisco foi erguido em 1936 na Praça da República, no cruzamento das avenidas Corrientes e 9 de Julio, em comemoração ao quarto centenário da fundação da cidade. O projeto é do arquiteto Alberto Prebisch.

 

-DIA 3-

Plaza Fuerza Aérea Argentina

Composta por caminhos entre árvores e gramados, a Plaza tem como ponto alto a Torre Monumental, construída em tijolo e com um relógio na parte superior. Também conhecida como Plaza de los Ingleses ou Plaza Británica, a praça homenageia a força aérea argentina, especialmente seu desempenho na Guerra das Malvinas.

 

Zoológico de Luján

Local das famosas fotos com tigres, o Zoo Luján é um lugares mais populares da cidade para os turistas. Infelizmente, a nossa visita não boa. O que encontramos foi um espaço sujo, com animais fora de seu ritmo normal de alimentação e sono, expostos a uma interação que mais constrange do que entusiasma. Vimos leão, tigre e filhotes em espaços minúsculos, além de elefantes com corrente no pescoço. Então fica um pedido: não estimulem esse tipo de “turismo”!

Basílica Nacional Nuestra Señora de Luján

Construída em 1890, a Basílica fica em Luján, cidade próxima de Buenos Aires e onde fica o Zoo Luján. A arquitetura impressiona, mas se tiverem com tempo curto, invistam em outros lugares. 

 

Puerto Madero

O bairro tem ruas com nomes de mulheres e é onde fica o metro quadrado mais caro da cidade. Há vários restaurantes e atrações. Entre elas, a Puente de la Mujer, ponte assinada pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava em 2001; a Reserva Ecológica de Buenos Aires, que fica em um terreno de 350 hectares; e o Museu Fortabat, com a coleção de arte de Amalia Lacroze de Fortabat. Resolvemos passar a virada em Puerto Madero. Vale a pena conhecer de dia e de noite, são experiências diferentes, principalmente visuais. 

 

-DIA 4-

Alvear Palace

Começamos o quarto dia de viagem tomando um cafe da manha delicioso no Alvear Palace. O hotel inaugurado em 1932 para receber os europeus que chegavam no país, recebe não hóspedes para o brunch, almoço e jantar. O café tem o custo de R$76,00 fora da temporada e R$100,00 em alta temporada (feriados, festas e férias). O café vale cada centavo e o hotel é de tirar o fôlego de tão lindo. No interior, elevadores em mármore e latão, paredes decoradas com lâminas de ouro e estilos Luis XIV e Luis XVI.

 

Catedral Metropolitana de Buenos Aires

A principal igreja católica em Buenos Aires, a Catedral foi construída no século XVI, mas passou por diversas obras ao longo dos anos. Isso fez do prédio uma mistura de estilos arquitetônicos – a nave e a cúpula datam do século XVIII e a fachada e neoclássica, do século XIX. O local é enorme e é onde o Papa Francisco celebrava missas na cidade.

 

El Club de La Milanesa

Com ambiente lindo, comida para compartilhar e vários sabores, El Club de La Milanesa tem milanesas gigantes. Nós comemos a caprese e, para acompanhar, tomamos uma cerveja Quilmes, tradicional argentina.No total, gastamos 890 pesos (aprox. R$ 98,88) para três pessoas almoçando bem e com bebida.

 

Teatro Colón

A cultura da colonização europeia está conservada em muitos detalhes e muito presente na arquitetura de Buenos Aires. Um dos maiores exemplos disso e o Teatro Colón, uma das salas de ópera mais importantes do mundo. Fundado em 1857 em uma sede diferente, o Teatro foi restaurado em 2010. Infelizmente, não conseguimos fazer a visita guiada, mas recomendamos! Ela acontece todos os dias das 9 às 17h, com saídas a cada 15 minutos. Custa 800 pesos e as reservas podem ser feitas pelo email visitasguiadas@buenosaires.gob.ar.

Onde nos hospedamos: Hotel Exe Colón

Gostamos muito de ficar no Exe Colón. O hotel tem preços acessíveis, é muito bem localizado e tem vista linda para a cidade e para o Obelisco. Os quartos são confortáveis, precisam de um retrofit urgente hehehe e o café da manhã é ok (difícil encontrar algum que se compare ao brasileiro. 

 

Dica: metrô em Buenos Aires

O metrô é bem confuso para comprar o ingresso, talvez pela época de festas, mas não eram todas as estações que vendiam o passe, vale a pena procurar pontos específicos e comprar um cartão que vale por mais dias. São 3 linhas de metrô em Buenos Aires. Cada passe custa 14 pesos (na época o câmbio estava assim: R$ 1 = P$ 9). É super limpo e tem um wifi livre e potente.